Desde criança, lembro-me com saudade, que procurávamos sempre alguns caminhos mais curtos para se chegar ao local onde desejávamos. Por exemplo, indo para comprar o pão pelas manhãs radiantes, havia um terreno baldio, e ao passarmos pela rua principal, nos desviávamos por um trilho a dentro do terreno, que nos economizava pelo menos uns 50 metros e evitava que fizéssemos uma curva na esquina, o que demoraria mais um minuto na ida e outro minuto na volta. E, da mesma forma sempre fazíamos com outros locais onde queríamos chegar. Havia trilho até para se chegar à casa do vizinho, em vez de passarmos pelo portão da frente. Certo dia ao ir para comprar pão, seguia pelo mesmo trilho, cortando caminho, quando de repente esbarrei em um grande buraco feito, justamente no meio do trilho. Assustei-me a princípio, mas tive que retornar e ir em direção ao caminho normal que havia pela rua. Daquele dia em diante, o dono daquele lote que estava vazio resolveu construir uma casa e cercou o terreno, impedindo que as pessoas utilizassem aquele caminho mais fácil.
Agora, pensando nestes acontecimentos comuns em nossa vida, me veio a meditação de que sempre estamos tentando encontrar o caminho mais curto em nossa vida para tudo que está por fazer ou por escolher. Em nossas decisões pessoais sempre procuramos ver se é possível escolher de uma forma a abreviar o máximo que pudermos em termos de desgastes emocionais, físicos e outros tipos de situações adversas. Ao termos que realizar determinado trabalho e tarefa, nos deparamos a querer inventar um meio de nos sairmos ilesos de esforços que provavelmente, sabemos ser inevitáveis. Nada contra essas medidas que são racionais e inteligentes; mas em determinados assuntos não adianta querermos aplicar o mesmo princípio de economia tempo-espacial. Principalmente em se tratando de resoluções espirituais, não adianta entrarmos por atalhos que não nos levará direto ao objetivo alvo a ser atingido.
A bíblia diz que Jesus é o caminho (Ver Evangelho de João 14:6). Porém, muitos procuram um atalho espiritual, penssando que poderão usufruir de algo melhor, ou ser mais bem sucedido, aplicando nossa mentalidade humana em coisas espirituais. Há, porém, o perigo de estarmos entrando em propriedade alheia ao escolhermos determinados caminhos espirituais, assim como, aquele caminho na minha infância, certamente estava sendo usado irregularmente, pois, depois que apareceu o proprietário, todos tiveram que ir por outro lugar.
As pessoas normalmente não querem ir a Deus diretamente e preferem usar artifícios, doutrinas, filosofias, pensamentos que os induzem a seguir outras pessoas e a confiar em seres humanos falhos como nós e sujeitos ás mesmas inclinações. Se nos conhecemos e sabemos que somos capazes em momentos de tensão, de realizar atos bárbaros, porque pensar que outros não estão sujeitos a essa mesma condição. Normalmente as pessoas costumam se auto-avaliar em um momento de normalidade e bem estar , mas se quisermos saber o que realmente somos capazes de fazer, é só nos colocarmos em situação de risco ou sob tensão, para termos uma ideia. Aquilo em que faríamos crítica ao nosso semelhante com palavras como: fulano não precisava de estar nessa ou naquela situação ou não deveria ter feito isto ou aquilo outro. Mas será que, estando na mesma situação dela faríamos o mesmo?
Deixo aqui esta meditação, para que possamos nos analisar a nós mesmos e procurarmos o caminho certo em relação a nossa vida espiritual, que é o que já citamos acima: Jesus é o caminho. E como podemos estar nesse caminho? sendo conhecedores do que ele requer de nós e estarmos em obediência à sua vontade.
sábado, 24 de abril de 2010
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